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  • Foto do escritorMárcia Carneiro

Comprei uma air fryer e ganhei um chef



Depois de muito relutar em ter uma air fryer, acabei sucumbindo a seus apelos. Na verdade, eu fui seduzida pelo fato de não ter que investir absolutamente nada na compra – tinha milhas acumuladas, que estavam esquecidas. Confesso que eu sempre achei que seria um elefante branco. Um troço gigante que eu não iria usar nunca. Mas meu marido me convenceu. Depois de ler alguns artigos sobre a tal fritadeira, sentenciou: “Todo mundo recomenda ter uma, inclusive o Marcos Nogueira”, enfatizou. Foi aí que ele me convenceu. Tanto ele quanto eu adoramos os textos do jornalista sobre culinária e suas experiências gastronômicas, publicados no blog Cozinha Bruta.


Decisão tomada, seguimos ao próximo capítulo: definir o modelo. Escolher esse “negocião” que eu não sabia em que lugar da cozinha iria colocar. Bom, eu não sou muito de ficar pesquisando detalhes de eletrodomésticos, gosto de outros tipos de pesquisa. Minha única preocupação era achar um modelo menor para, depois, não ter de colocar o equipamento em cima da minha cabeça. Como nesse dia meu marido, - ele sim ama escolher um eletrodoméstico – estava enrolado com compromissos até tarde e eu, à essa altura, com pressa de comprar, me incumbi de fazer o pedido.


Depois de encontrar dois modelos com menor capacidade, acabei escolhendo uma versão-vermelhinha-linda, da Philco, de 3,2 litros. Sim, eu amo embalagem, design e formas. Isso para mim pode ser um grande fator de decisão em uma compra. Nem preciso dizer que essa mania já me rendeu bastante dor de cabeça.


E chegou o bicho

Quando chegou o elefante vermelho, ele logo comentou: De novo!? Você não resiste a um modelinho retrô, hem? E é verdade, ainda mais vermelho. Adoro. Claro que ele colocou em xeque a minha escolha. Disse que não era a mais bem cotada nas análises etc. etc. etc. Acabei lembrando que já tinha me dado mal com um modelito retrô de torradeira da mesma marca. Paciência! Vamos ter que testar.


Bom, aí seguimos ao terceiro drama. Onde colocar o bicho. É bem grande – para os padrões da nossa cozinha. Tão grande quanto outras de quatro litros, depois fui descobrir. Foi difícil achar um “cantão” para ela. Tive que remanejar algumas coisas e acabei dando um jeito. Foi outro debate porque ele queria colocar em outro lugar, pois achava mais prático e lógico.


Sinceramente, não estava entendendo por que tanta preocupação com isso, se, no final das contas, seria eu a operar a tal da máquina. Confesso que fiquei meio irritada com essa perda de tempo e desisti de ponderar.



E nasce um chef

Ao final do dia, ele me aparece com uma porção de batatas “fritas” à moda antiga: cortadinha na hora e quentinha – nada de congelados. Achei incrível porque ele detesta cozinhar e só sabe fazer sanduíche e fritar ovo. Nunca tinha visto este homem cortar uma batata. E estava ótima. Tive que dar o braço a torcer.


Mas não me animei tanto com o rasgo culinário. Pensei: isso passa. É a febre do momento. Adora um eletrodoméstico. Para você ter uma ideia, ele curte colocar umas roupas na máquina para bater. Seu sonho de consumo é ter uma com visor para que possa assistir ao movimento das roupas. Idiossincrasias.


No entanto, fui surpreendida! Ele não parou na batatinha! Na mesma semana, passou a pesquisar e a aprender como fazer diferentes pratos e a se arriscar – dentro de seu parco conhecimento culinário, óbvio. O tempero sempre fica por minha conta. Ah! Enquanto eu estava escrevendo esse texto, ele me pediu para preparar uma salada de batatas para acompanhar um bife à milanesa que ele fará na air fryer.


Grandes progressos. De alérgico à cozinha, ele virou o chef da air fryer. Meu marido está tão animado com a aquisição que teve a ideia de fazer uma reforma na varanda, só para arranjar um espaço para ela. Assim, enquanto faz seus pratos, bebemos uma cervejinha bem gelada. Cheers!

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